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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Começou assim...


Ele não queria saber de namorar, na verdade pela primeira vez queria galinhar; ela se preparava para fazer uma pós fora do país. Ele tímido aproveitava as ligações dela e ia levando. Ela pensava: "tenho vontade  de estar junto, vou ligar, se me decepcionar em breve estarei viajando e esquecerei".


Um encontro aqui, outro ali e de repente estavam namorando, nem souberam ao certo a data de início. A viagem se aproximava, ela não queria mais ir, ele escondia o aperto no peito e dava força para que ela prosseguisse com os planos. O que poderia afasta-los os aproximou ainda mais.

Hoje eles, NÓS, comemoramos 5 anos de casados, no total 16 anos de namoro. Não vou falar que foi sempre lindo. Tivemos nossas brigas, nossos desafios, mas a vontade de estar junto (mesmo quando exigia esforço) era, e é, sempre maior.




O padre falou no casamento que casar, manter um relacionamento, dá trabalho. É verdade, mas também é bom demais. A sensação não é que ele me completa e vice versa, mas que juntos somos melhores.  A prova disto está estampada em nossos rostos e nossos corações. 1+1 aqui resultou em três. Uma família acima de tudo feliz! Por eles e para eles quero ser uma pessoa sempre melhor! Aliás, eles me tornam uma pessoa melhor.

Te amo meu amor! Te amo meus AMORES!



Amo demais esta foto!





As fotos foram uma comemoração antecipada das bodas. As fotos são da Isabela Neiva, fotógrafa com olhar especial e sensibilidade única. Achei que poderia até ser estranho, mas este dia foi muito especial. Bela, agora nas férias irei organizar para que montem a parede com fotos da família como nós tanto queríamos.

Veja aqui todas as fotos com o belo vídeo Better Together ou Melhor Juntos

Better Together from belaneiva on Vimeo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

De repente dia 15 de dezembro passou a ser importante!

Dia 15 antes era apenas a véspera das minhas bodas... um dia comum, na maioria das vezes um dia corrido pela proximidade com as festas e encerramento de ano. Agora tudo mudou! Dia 15 será um dia sempre para se comemorar!

Curiosa? Leia o texto abaixo escrito pelo meu irmão!


Tchi-Tchlim

O dia seria muito corrido. O despertador tocou às 7h. Tinha que terminar uma minuta de contrato de compra e venda antes da consulta à obstetra. A expectativa era enorme. As tarefas do dia preocupavam muito. Sabia que tudo deveria ser calculado, caso contrário o tempo seria muito curto para todos os compromissos da agenda. A última consulta do pré-natal atrasara mais de uma hora para iniciar o que só aumentava a minha agonia. Afinal, eu tinha mil processos para analisar, MBA de 18h às 22h e mais coisas para fazer quando estivesse em casa.

Seguiu o exame com a presença da minha bolota (apelido carinhosamente dado à barriga da mamãe), da irmãzinha e da vovó. Um pequeno parêntese para frisar que a referência é o nascituro Pedro e que minhas avós infelizmente já são falecidas há anos.

Sabia que poderia sair dali direto para o hospital, mas realmente esperava que meu filho fosse nascer entre o natal e o réveillon. Acho que não sou o único com pressa. Será que ele odeia tanto quanto o pai ficar esperando?

Quinta-feira, 15 de dezembro de 2011. Hoje, três dias antes, descobri o dia que comemorarei o aniversário de meu filho para o resto de nossas vidas. Se nós quatro estávamos emocionados na sala de consulta foi a minha lágrima que abriu a porteira (ou cachoeira) para que todos chorassem de emoção. A mais contida foi a irmã Clarinha que se desdobrava para dar carinho e consolar os três chorões ao mesmo tempo.

Aquela notícia acabou com a correria. Não que fosse deixar de cumprir os compromissos, mas a rotação do mundo diminuiu, ou até mesmo parou por algum tempo. No caminho até o metrô um açaí substituíra o almoço. Não era possível engolir algo mais consistente do que isso com o enorme nó de emoção que tinha em minha garganta. Pela primeira vez optei pelos passos curtos e calmos ao invés da esteira rolante do metrô da General Osório. A esperança era que cada colherada trouxesse um pouco mais de serenidade diante da grandiosidade da notícia que eu tinha acabado de receber.

Os óculos escuros serviram para esconder parcialmente a choro de um homem de 34 anos, no meio do dia, em plena Ipanema. Considerando que estava em plena Farme de Amoedo com toda a sua fama, certamente alguém pensou que eu devo ter tomado um fora de algum “namorado”. Que pensem o que quiserem! Não importa. O dia e a hora estavam marcados. Pedro chegaria em breve.

Sabia que seria pai desde que um risquinho azul apareceu em um exame de farmácia realizado no banheiro do Via Parque, antes do show do Kid Abelha. A mulher sente muito mais a maternidade do que o homem, afinal está tudo literalmente dentro dela. Mas a minha ficha definitiva demorou um pouco mais para cair. Nada substituiria aquela avalanche de sentimentos com uma simples frase: “Será no dia 15”.  

Adolfo

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Festas Infantis como antigamente

Antes de tudo vou deixar claro, não julgo quem faz festa festa em casas de festas, muito menos quem faz festas grandes no primeiro ano, no entanto para nossa família a opção foi diferente.

O um aninho do meu filho foi comemorado de forma dupla. Minha sogra e a bisa fizeram uma festa para ele e a afilhada/bisneta americana que estava no Brasil. A comemoração dupla teve meu toque, mas considero a festa oficial mesmo um bolinho no dia do aniversário com avós, bisavós e amigas que moram por perto. Foi um lanchinho simples com bolinho, mas feito com muito carinho e marcado no coração.

As festas do filhão sempre foram no melhor estilo “mutirão de família”. Talvez herança das festas que eu e marido tivemos quando criança. Nossas mães, ambas criativas e talentosas, participaram da leva de mães que criaram festas decoradas, com brindes e brincadeiras originais. Somado a isto minha vó era uma boleira, doceira nata, capaz de construir castelos com bolos e chocolates. Eu e meus irmãos crescemos organizando churrascos e festas desta forma, cada um fazendo um pouco, envolvendo os amigos.

A última festa do filhão tivemos que encolher muito a lista. A grana não estava muito estável e não contratamos o toldo que cobre o gramado da vovó. O medo de muitas crianças dentro da sala recém decorada dela foi grande. No entanto filhão veio com um tema que transformou todo o planejamento. Ele queria a festa de super herói, quando questionado qual herói a resposta não poderia ser melhor “O super herói que tem dentro de mim!”

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Pesquisei muito na internet, principalmente as festas americanas (sempre com no máximo 8 crianças) e fomos adaptando as ideias. Conversei com filho e ficou combinado que comemoraria com os amigos da escola na escola e teríamos uma lista bem enxuta de amiguinhos.
Mamãe com formação em design gráfico arregaçou as mangas. Criamos um boneco/herói com algumas características dele, com um símbolo único, mas que o lembrasse dos heróis que conhece.

Mesa criada por mim para o meu super heroi
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Brincadeiras? Um pula pula, alguns brinquedos dele no gramado, um peso de isopor e plaquinhas para tirarem fotos bancando herói e o maior sucesso da festa, caixas de papelão que o mercado próximo nos cedeu pintadas para brincar como blocos gigantes. Passados mais de 6 meses os blocos continuam na casa da vovó e sempre fazem parte das brincadeiras por lá.

Sou mãe que se joga rsbrinquedo-festa-infantil-universo-materno
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O brinde? Tenho adotado sempre algo que seja parte das brincadeiras ou de uma atividade da festa. No 2º aniversário bolas e bambolês, no 3º raquetes em formatos diversos para fazer bolhas de sabão e neste cada criança recebeu um envelope com uma máscara e dentro uma capa com pedaços de feltro incluindo sua inicial para personalizar a capa.

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As comidas também são simples. Nada de buffet, nada de frituras. Servimos pães de queijo, nuggets e pipoca. Uma mesa de apoio fica disponível para os convidados com pastas, pães diversos, frios, cachorro quente num rechau para ficar quentinho e muitas frutas. Sim, são sempre um sucesso! Outra dica já adotada por outras amiga mamães é colocar potinhos com biscoito maizena e polvinho ao alcance das crianças. Bebidas em isopor, algumas jarras e copinhos para os convidados se servirem.

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Eu penso que festa é sempre festa. Particularmente não curto o barulho das casas de festa ou animações que em raríssimas exceções em equipe praparada para lidar com crianças. Meu intuito é apenas deixar o relato, compartilhar o que fizemos com carinho e mostrar que existem muitas alternativas de como comemorar.
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Agradecimento especil para:
- minha irmã Sabores da Alma que herdou os dons da vovó e faz os bolos e doces todos os anos.
- as amigas que muitas vezes colocam a mão na massa comigo e meu marido
- a Ju da Mamãe Eu Quero que preparou as capas com muito carinho
- a Vivi Fotografia que registrou tudo captando caretas do filhão que nunca consigo e momentos tão especiais
- a todos que estiveram presentes neste dia especial

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Bullyng às avessas

Lembram do coleguinha de classe do filhão que mordia e empurrava os amigos? Não, ele não matou ninguém como alguns pareciam esperar. A criança evoluiu muito. Continua sendo uma criança agitada, às vezes estabanado, mas um ótimo menino. A escola orientou a família e com dedicação de ambos tudo melhorou.

Inocente que sou, pensei que tudo estava bem. Um belo dia recebo o aviso de uma reunião com os pais da turma do meu filho na escola, a escola enfatizando a importância de todos comparecerem. O motivo, a turma descriminando o menino com quem meu filho teve problemas. Vou chama-lo novamente de Pedro para facilitar.

Eu já tinha comentado com a direção que um dia observei a turminha taxando Pedro como mau. As crianças brincavam um dia na casinha de três porquinhos e quando Pedro falou que gostaria de brincar imediatamente falaram "você é o Lobo Mau". Ele inistia falando que não, mas os colegas insistiam que ele seria o Lobo. A escola prometeu observar e todos acreditavam que como ele evoluia, aos poucos os colegas esqueceriam, afinal crianças brigam e no momento seguinte se abraçam.

O mais triste e o que eu nunca esperava é que nada mudou, não por culpa das crianças, mas dos pais. Durante a reunião fiquei sabendo que alguns pais pediam a professora, na frente dos filhos, que não sentasse a criança perto do Pedro. A professora também presenciou adultos falando com alunos ao busca-los na escola " Pedro bateu em você hoje?" Nada de perguntar como foi o dia, a aula, a preocupação era somente em relação ao Pedro.

A criança percebe que tudo é o Pedro, que esperam que o Pedro bata, qual resposta vocês acham que ela dará? Para completar Pedro passou por uma cirurgia e ficou duas semanas ausente da escola. Durante este período 3 reclamações com a direção de que ele bateu ou mordeu colegas da turma. Como?! Virtualmente?!
imagem do site istockphoto.com

Durante a reunião recebemos todos um belo puxão de orelha da psicóloga da escola e da professora. No bate papo descobrimos que alguns pais ainda ensinavam o velho " bateu levou". Muita conversa e a psicóloga pediu o comprometimento de todos para não taxar nenhum aluno, muito menos ensinar a bater. Deveríamos agir como grupo para o bem coletivo.

A professora tranquilizou muitos pais sobre como seus filhos agiam em momentos de conflito, mostrando que crianças consideradas fracas e indefesas pelos pais sabiam muito bem se defender.

Aparentemente tudo parece estar melhor e espero que realmente todos estejam cumprindo o famoso combinado.

Fica o alerta! Crianças apenas precisam de carinho e atenção e, até os que passam pela fase de morder e bater, evoluem e mudam. Não estigmatize seu filho ou crianças ao redor.

Para quem não leu o texto anterior contando o que ocorreu, dando dicas para identificar bullying e questionando se ocorre ou não na educação infantil aqui está - Bullying na Educação Infantil

Atualização agora no ano de 2012 - hoje Pedro está entre os amigos mais próximos do meu filho. Continua super agitado, algumas vezes isto o torna estabanado, mas é uma criança alegra e carinhosa. Parabéns a mamãe dele!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Amor eterno, saudade eterna

Escrevi este texto no dia 27/10/2008 com o coração apertado pela proximidade do aniversário do meu falecido pai, mas o sentimento continua bem parecido. A saudade, assim como o amor, são eternos.

No entanto hoje tenho um consolo, independente de qualquer crença vejo que você pai, está vivo, está vivo em mim, nos meus irmãos e, até nos seus netos que não o conheceram. Vivo pelos ensinamentos que passou, pela alegria e pelo amor. Te amo pai!



Amor eterno, saudade eterna

Amanhã seria niver do meu pai... mais uma vez desabafo aqui e compartilho com os amigos queridos a saudade que aperta o peito

SAUDADES!

Que saudade é esta eterna?! Saudade que vai e vem...mais vem do que vai!

Como posso pensar nele todos os dias? Minha vida parece um trem bala mesmo assim penso nele todos os dias.

PAI! SAUDADES!

Tem dias que a saudade vem como uma boa lembrança, me faz sorrir, chego a rir. Outros sinto a tal saudade física. Saudade do abraço, da massagem, da conversa, até das "broncas"! O peito fica apertadooooo! Vontade de estravazar, de falar dele, de sair digitando.

Saudade que não passa, nada substitui. Nada acalma... Saudade vinda com a proximidade da data que seria seu aniversário. Neste momento, assim como agora, eu estaria escrevendo algo para ele. Talvez virasse noite pintando um quadro, fazendo uma colagem no computador, um desenho. Saudade de presentea-lo. Saudade de agradecer por ter me ensinado tanto, por ter dado tanto amor.

Saudade do pai-amigo, do pai-herói, do pai-sábio, do pai-alegre, do pai-mandão!

Saudade do lanche no final da tarde, do pão com azeite e sal, das risadas, das mesmas piadas contadas milhares de vezes. Saudades do sorriso largo, do abraço que quase me desmontava, do conselho, do pai que parecia saber tudo, das bagunças na piscina, na praia, na rua. Das loucuras!

Saudades de vê-lo deixando a mamãe vermelha com suas declarações, da família toda rindo e fazendo bagunça...as bagunças ainda acontecem mas falta você, pai.

Saudades do que não teve tempo de acontecer, de vê-lo sendo vovô, de ter entrado na igreja com você, de mostrar a você que aprendi, que supero as dificuldades e tenho tido minhas conquistas.

Saudade que traz sorrisos, que traz boas lembranças, saudade que enche os olhos de lágrimas.

Amor eterno, saudade eterna.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Estudar Vale a Pena!


Quando recebi o convite para participar da #blogagemcoletiva da campanha #estudarvaleapena concordei sem piscar. Uma das ideias é compartilhar casos que comprovem que estudar vale a pena. Quando penso em estudos penso logo nos meus pais.


Minha mãe foi sempre excelente aluna, mas batalhou muito pelos estudos. Meu avô ficou doente e a família se mudou de Minas para o Rio, minha avó precisou encarar dois empregos para sustentar a família. Minha mãe ficou responsável pela casa e por meu avô na ausência da minha avó. Mesmo com todos os percalços não só concluiu o atual ensino médio, como concluiu faculdade de odontologia. Ele narrava o apoio de alguns professores e seu esforço para continuar estudando.

Já meu pai, poderia ser um exemplo antagônico. Fez apenas até a 4ª série primária (terceira do atual fundamental), começou a trabalhar com apenas 8 anos, saiu de casa aos 16 e mesmo assim foi um empreendedor bem sucedido. Por que falar dele como exemplo? Meu pai falava que sua vida foi transformada quando casou com minha mãe. Ele tinha perspicácia, inteligência e toda capacidade do mundo, mas foi enganado inúmeras vezes ou agiu de forma extremamente imprudente com dinheiro. Quando casou é como se minha mãe tivesse dado a direção que ele precisava. Eu escutei algumas vezes ele pedindo para minha mãe revisar um texto, ajudar em decisões importantes e ensina-lo mesmo. Ela, de certa forma, foi mais tarde a professora e também o apoio familiar que ele tanto precisava.

Diferente do meu pai, sempre tive acesso a boas escola e cursos. Nem sempre a questão financeira era um mar de rosas em casa. Vivemos bem, mas sem regalias: sem roupas de marca, sem muitos jantares fora de casa, sem viagens constantes. No entanto, mesmo nos momentos de dificuldades, algo era sempre prioridade, a nossa educação.

Meu pai sempre sonhava onde ele teria chegado caso não tivesse abandonado os estudos. Eu acredito que muito longe. Hoje sou muito grata por todas as oportunidades que o estudo me proporcionou e mais, pelas opções que me ofereceu. Estudar me deu o luxo de escolher a minha profissão num país onde a grande maioria sobrevive. O estudo me proporcionou a minha casa própria, a formação da minha família e muitas experiências maravilhosas.

Eu apoio a campanha #estudarvaleapena e agradeço ao Instituto Unibanco e seus voluntários pelo empenho em diminuir a evasão escolar. Educação pode transformar o futuro do nosso país!

Obs: se digitarem “falta de mão de obra qualificada no Brasil” no Google encontrarão inúmeras notícias de como este já é um problema real em nosso país. Aqui tem uma notícia de 2008 (o problema não começou agora) citando uma pesquisa que a falta de mão de obra qualificada é uma das principais causas para multinacionais não investirem no Brasil. Vamos ajudar  a mudar isto?


terça-feira, 19 de julho de 2011

CONAR- Não teria sido melhor criar soluções?

Mesmo com tempo escasso precisava participar da Blogagem Coletiva do Projeto Crianças e Consumo sobre a resposta do Conar. Caso queiram saber mais leiam aqui!

Acredito que o Conar não tenha ofendido apenas ao Instituto Alana, mas a nós pais e mães dedicados e preocupados em relação ao futuro de nossos filhos. O tom do parecer é absurdo ao chamar o Instituto de Bruxa, ao desdenhar da alimentação saudável, ilusório dizendo que o fast food americano produziu grandes atletas e profissionais e ofensivo ao falar que criança é feita para azucrinar. (O parecer completo do Conar está aqui)

Meu filho come e comerá saudável sim senhor. Eu o educo com a maior paciência e tive sim problemas com o anúncio veiculado durante o filme Rio, assim como muitos outros que passam na televisão. Quando ele beirava os 3 anos ele assistiu a um anúncio que mostrava um brinquedo voando, não era de controle remoto nem capaz de realmente voar. O maior problema não foi deixar de comprar o produto, mas fazê-lo entender que o brinquedo não voava. Por um grande período evitei a televisão pois notava que uma criança tão nova era incapaz de distinguir anúncios de programas infantis.

O CONAR se defende falando sobre censura, sobre o direito de expressão. O McDonald´s escapou de ter seu McLancheFeliz banido de BH devido ao “livre comércio”, mas gostaria de saber quem irá garantir o direito de ligar a tv ou mais, de andar nas ruas sem ser bombardeado por anúncios que recorrem a criança diretamente? Quem irá explicar para meu filho que, ao contrário do que tudo ao redor diz, ele não irá virar super herói se consumir determinado produto? (só um exempo ok?) Sim, a nós pais cabe o não, a conversa, o diálogo. Este é o nosso dia-a-dia. E à sociedade nada cabe? As crianças não são o futuro? O nosso futuro?

Uma vez uma psicóloga disse que proibia o filho adolescente de ter a tv no quarto, que determinava horário para ver tv, usar celular, a internet, escolhia os filmes que o filho assistia. Quando questionada por uma amiga se não seria melhor o diálogo, o explicar e deixa-lo escolher, a resposta foi um sonoro não. O motivo maior não era a capacidade de compreensão do seu filho, nem o quanto os pais poderiam dialogar. O motivo era simples “a pressão externa é tão grande que nesta idade ele não conseguiria entender”. Um adolescente não entende e esperam que uma criança tenha maturidade para entender!

Fui criada por um pai empreendedor, que trabalhou muitos anos em diversas áreas ligadas a publicidade. Quando criança, quando eu criticava alguma propaganda ele logo desafiava:” faz melhor!” E lá ia eu, ainda criança, desenhar, modificar, criar!

Talvez fosse melhor o CONAR,  tantos profissionais de publicidade, tantos criativos, e empresas que acreditam depender destas propagandas encararem este pedido de mudança (vindo do Instituto e de tantos consumidores)  como um desafio! Que tal mudar, criar diálogo, criar um novo caminho ao invés de apenas ficar na defensiva (e ofender)? O Alex @Bogusky é um excelente exemplo!

Enquanto isto não acontece minha decisão é evitar a televisão e dizer não aos produtos que não souberem respeitar o direito do meu filho que #aos4, certamente nem ouvindo tantos nãos ou nossas explicações está preparado para lidar com isto.


Indico ler também:
Censura, não. Direitos.
Conar demonstra sua falta de responsabilidade para lidar com a ética em parecer sobre denúncia feita pelo Instituto Alana

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tum-Tum

Irmã coruja que sou, precisava compartilhar com vocês este texto lindo escrito pelo meu irmão. Me emocionei!

Tum-Tum
 
Algumas coisas simplesmente fogem ao nosso planejamento. Ontem um pneu furado me fez planejar uma procura ao borracheiro o mais cedo possível para não chegar atrasado ao trabalho. As opções eram uma oficina próxima e um posto de gasolina que oferecem o serviço. Cheguei à oficina no horário de abertura e já não era o primeiro a ser atendido. Resolvi buscar o posto e o borracheiro estava atrasado. Retornei para oficina e passei a ser o terceiro da fila ao invés do segundo. Claro que a previsão de chegada ao trabalho não foi a mesma da véspera. Tum-Tum.
 
Programei ser rico aos trinta e cinco, mas estando a seis meses do deadline, ou como preferem os juristas, do prazo ad quem, rico mesmo só se aquele bilhetinho da Mega-Sena estiver premiado. Ao menos eu jogo, pois o que mais vejo são pessoas sonhando o que fariam com o prêmio, mas nunca jogam. Tenho certeza que isso dificulta um pouco o processo. Tum-Tum.
 
Acredito que temos que ter nossos sonhos e traçar objetivos para alcançá-los dia após dia. Acho que a reflexão dever ser no mínimo semanal para avaliarmos se naquela semana fomos nossos próprios melhores amigos, conselheiros, companheiros e trabalhadores na busca da realização. Será que fiz o melhor que podia? Tum-Tum.
 
Já escrevi uma vez sobre o acaso. Lembro-me que parafraseei Jon Lennon que dizia que “a vida é tudo aquilo que acontece enquanto você está ocupado planejando o futuro”. Temos que ter jogo de cintura para nos adequarmos a toda a mudança de plano que foge ao nosso controle. Tum-tum.
 
Porém, nem sempre esse acaso é um obstáculo. Ás vezes esse acaso é a oportunidade que vem passando lentamente em um seguro cavalo selado pronto para montar. Outras vezes é a queda que faz levantar, andar, correr. Outras, para um restritíssimo grupo de sortudos, é um bilhete lotérico premiado. Quase um milagre. Tum-tum.
 
Quando me referi à busca da realização leiam busca da felicidade. As manchetes de jornal comprovam que pouco importa um bilhete premiado se escolhemos para esposa uma ambiciosa futura viúva. Sempre ouço – e acredito – que Deus sabe o que faz. Creio que traçamos nosso destino de acordo com as atitudes que tomamos diante de todos esses acasos. Tum-tum.
 
Nesta altura alguém já deve ter feito a pergunta: Que “tum-tum” é esse? De repente seria mais apropriado um tic-tac, do relógio de nossas vidas que não param um só segundo. Nas aulas de português é a manutenção do hífen nos compostos de elementos repetidos. Na interminável construção do prédio ao lado é o bate-estacas que te acorda mais cedo do que deveria.
 
Na verdade tum-tum nada mais é do que um efeito sonoro. Mas este som é inesquecível. Jamais haverá samba enredo que consiga a simetria tão perfeita de intervalos e movimentos. Esse som foi ouvido em um exame recente, em uma sala escura, na tela de ínfima dimensões em comparação com os catálogos de anúncios de eletrônicos. Tum-tum, tum-tum, tum-tum.
 
O verdadeiro milagre é algo pequenino, de 50 milímetros, tem forma, cérebro, coluna vertebral. Tum-tum é o mais bonito som de um coração batendo. Meu bilhete foi premiado. SEREI PAI! ESTAMOS GRÁVIDOS!
 
Adolfo Assis

E eu serei tia! Mais uma vez tia coruja! Meu coração explode de alegria e amor come sta notícia!

Ele escreve bem não? Quem sabe ele não se anima e vem nos contar mais sobre o "Universo Paterno" ;-)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tiradas do Dia #aos4

Pensei em criar um espaço separado só para as tiradas do filhão. Já costumo compartilha-las no Twitter e Facebook, mas algumas o diálogo é maior ou exige explicação. Hoje registro algumas aqui e, se vocês leitores gostarem, irei escrever mais tiradas.

19/05 (para papai e mamãe não esquecerem a data)

Bate o pé...

Hoje eu entro sorrateiramente no quarto após dar mil avisos de que o pai estava dormindo e não podia nem
falar nem tocar no pai.

Quando estou quase saindo ele fala "Papai!" enquanto bate no pé do pai. Sai correndo e falando como se cochichasse "Vem mãe! Vem rápido mãe! Corre!"

Precisei me controlar muito para repreende-lo rs

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Fazendo dinheiro

Filhão hoje saindo de casa comigo para entregar o DVD atrasado
Filhão: Vai ter que pagar multa mãe?
Eu: - Sim
Ele: - Naõ tem problema, eu pego dinheiro no seu computador
Eu: - No computador? Como?!
Ele: - Quando vc trabalha no seu computador você não faz dinheiro?

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Iniciando as saias justas

Na casa da avó, quase saindo para escola

Filhão: - Não pode comer muito, nem comer isto se não fica igual a Tia Lu (fazendo um contorno enorme ao redor da barriga)
Eu: - Vc não vai falar isto para ela né filho?
Filhão: - Nãaaaaaaaaao mãe! Nem vou falar que você me disse para não falar!

(Medo! rs)

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O Pipoqueiro


Não gosto de comprar pipoca na saída da escola. Após ele perguntar o porquê respondi que não era saudável. Outro "porque?" . Expliquei que o óleo que o pipoqueiro usa não é bom e que eu usava manteiga boa, ficava mais saudável e gostoso...

Saindo da escola com o pai...
Filhão (choramingando para o pai): -Eu quero pipoca!
Pai: - Mamãe faz depois para você em casa.
Filhão parou, pensou e soltou: - É mesmo, ele faz com óleo ruim. (pausa). Por que ele (o pipoqueiro) usa óleo ruim? Vamos falar para ele que não é saudável!
Pai: - Porque ele não tem dinheiro para comprar a manteiga boa. Filho, mas não vai falar para ele que usa
óleo ruim. (com medo dele soltar um tiro para o pipoqueiro)
Filhão: - Por que?
Pai: -Porque ele vai ficar triste
(pausa)
Filhão: - Ele precisa trabalhar né pai!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Colo... eu quero!

Hoje o texto é de uma grande amiga minha, amiga irmã... mãe de duas meninas lindas! Há tempos a convidava para escrever aqui, hoje acordo e recebo logo de presente este belíssimo texto. Retrata o que eu acredito, amor nunca é demais. Espero que gostem, quem sabe ela não se anima a escrever mais ;-)


COLO... EU QUERO!

Quando a gente engravida, já começa a ouvir milhares de palpites das pessoas mais "experientes". Todo mundo tem um bom conselho para dar. Dos muitos que recebi, dois não me saem da cabeça. Um era sobre dar muito colo para o bebê, diziam que ficaria mal acostumado, só ia querer colo, ia ficar manhoso. O outro, era sobre não permitir que a criança dormisse na cama dos pais, senão ela jamais iria acostumar com seu próprio quarto, ia ser uma "guerra" na hora de tranferi-la para seu quarto, senão, senão... bobagens!

Pois bem, ao parir, lambi minha cria como um bicho, beijei, dei colo, abracei, dei colo, amamentei, dei colo, e contrariando todos os conselhos, enfrentando todos os olhares tortos e de reprovação, dei todo colo que eu consegui. Minhas filhas quase não têm kilometragem no carrinho de bebê, muito menos no bercinho. Dei todo colo do mundo. Passava dias - e noites- dando todo colo que eu conseguia dar.

Berço? Foi a compra mais inútil da minha gravidez , ambas nem tomaram conhecimento desse objeto. Foram meses e anos de cama compartilhada. Com o nascimento da segunda, cheguei a ouvir coisas do tipo: "-Vê se dessa vez faz direito e coloca a bebê no bercinho dela, senão será trabalho dobrado depois." ou "Agora não vai ter mais espaço, vai ter q colocar no quarto dela."  E com a segunda, mudei mesmo... de cama! Viva as camas king size! rs

Hoje, a primogênita tem 3 anos e 7 meses e a caçula 1 ano e 9 meses, e eu ainda gosto de dar colo, muito colo, mas preciso implorar por 5 minutinhos dele. Essa história de ficar manhosa, mal acostumada é verdade sim, EU fiquei!!! Elas aprenderam a andar e, com a mesma segurança que meu colo transmitiu a elas enquanto bebê, elas caminham nos seus primeiros anos de vida. Recorrem ao colo sempre que uma dor, um sono ou um medo estão por perto. Sabem que esse colo sempre estará ali, em qualquer idade.

Mudamos de casa, elas ganharam um quartinho novo que decorei com muito carinho. Resolvi, não sem dor, que era hora delas usufruírem desse novo cantinho. Já fazem 4 noites que elas dormem em seu próprio quarto, cada qual em sua caminha. Sob protesto sim, do papai! Ele se sente muito só, sem a ninhada toda emboladinha na gente.

Fico me perguntando, onde foram parar as dificuldades, as crianças manhosas, as lutas que tanto me alertaram? A resposta eu sei. Foram parar bem longe das minhas duas meninas, que ao serem tão amadas, muito amadas, cresceram crianças seguras de si, seguras do seu lugar no mundo. Crianças felizes por saberem que podem enfrentar coisas novas, podem seguir por qualquer caminho, podem encarar qualquer parada, podem ir a qualquer lugar, porque haja o que houver, elas sabem que há um colo certo e uma cama quentinha cheia de amor as esperando.

É a segurança do amor. Nestas 4 noites nenhuma delas foi, no meio da noite, dormir na minha cama. Que pena.... mas hoje é outro dia, quem sabe uma delas não resolve aparecer por lá? Vou ficar torcendo...   ;-)

Marcela Andrade

domingo, 8 de maio de 2011

Resultado do Sorteio do Dia das Mães

Queridas, segue o resultado do sorteio. A sortuda foi a @emanuelegomess


Espero que todas tenham um dia muito especial com seus filhos(as), repleto de carinhos, beijinhos e declarações.

Não existe nada mais especial do que ser mãe! Feliz Dia das Mães!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sorteio de Dia das Mães

Eu nunca fui uma entusiasta de cosméticos, não muito vaidosa, admito, mas quando conheci a Antídoto seus produtos me conquistaram e virei cliente da Antídoto Rio. Para mim o mais atraente dos produtos é, que além de cuidar da pele, sempre possuem um atraente extra.

Sou fã da água refrescante com cheirinho suavae (e ainda hidrata), do gel bifásico que hidrata e gera sensação de frescor e, para noite, um hidratante que funciona quase como uma base para pernas, com um leve brilhinho.. afinal mães também são mulheres e um tico de vaidade sempre faz bem.

Vamos ao que interessa. A Antídoto Rio me cedeu dos produtos deliciosos para um sorteio: a loção hidratante de Morango com Chantilly e o óleo bifásico de Morango.


Para participar do sorteio siga @UniversoMaterno @antidotorio e curta a página da Antídoto Rio no Facebook. Depois retuite a frase:


Sigo a @antidotorio e @universomaterno e quero ser mimada no #DiadasMaes http://kingo.to/AKF

O sorteio será feito domingo, dia 8 às 21h via sorteie.me e verificaremos se a(o) sorteada(o) realmente nos segue e curte a página da Antídoto no Facebook

Promoção válida apenas com endereço de entrega no território nacional. Entraremos em contato com o ganhador via DM para obter os dados para o envio dos mimos.

Todos os produtos da Antídoto são hipoalergênicos e feitos com extratos naturais de flores e frutas. Para quem quiser saber mais segue a descrição dos produtos

LOÇÃO BIFÁSICA HIDRATANTE DE MORANGO COM CHANTILY
Formulada com substancias refrescantes, hidratantes e óleos vegetais, formando uma mistura completa e rica em nutrientes, alem de possuir extrato natural de frutas. Não contem óleo em sua fórmula.
Como usar - Deve ser utilizada após o banho, sendo espalhada em massagens por todo o corpo. Ao apertar a válvula os dois produtos se misturam na medida correta para ser usado.

ÓLEO BIFÁSICO DE MORANGODetalhes
Se apresenta em 2 fases. A primeira fase, hidratante com base de substancias hidrossolúveis, extratos vegetais e fragrância. A segunda fase é emolinte e umectante com base de mistura de óleos vegetais, minerais, que tem a função de proteger a pele.
Como usar - Agite o produto antes de usar até que as fases se misturem. Pode ser massageado por todo corpo antes e durante o banho.

Boa sorte!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Bullying na Educação Infantil?

NOSSA EXPERIÊNCIA

Li muito sobre o assunto, pesquisei, o motivo não podia ser mais óbvio, em determinado momento cheguei a cogitar se meu filho estava passando por esta situação.

Sempre eduquei meu filho ensinando a compartilhar brinquedos, esperar sua vez, a controlar suas emoções, a saber dialogar. Assim parece que estou falando de um rapaz, mas ele tem apenas 3 anos. Como a maioria das crianças sofreu com algumas mordidas ao entrar na escola, mas o problema persistiu um pouco mais com uma determinada criança.

Ele entrou na sua segunda escola aos 2 e tomou a primeira mordida, entendi, sofri, mas entendi. Depois vieram tapas e empurrões, todos sempre vindos do mesmo "amiguinho" (para facilitar vou chamar de Pedro, já que não tem amigo na sua turma com este nome).

O primeiro passo foi conversar com a direção da escola. Lá me informaram saber do problema e estar orientando e cobrando as mudanças na família.

Um dia vi de perto o porquê daquela criança ser tão agressiva, carência! Fui aprender a fazer a massagem que a professora fazia antes dele ir para casa (ela era fisioterapeuta), pois em casa meu filho queria exatamente a mesma massagem. Confesso que neste dia tive vontade de chorar. Pedro, que sempre o agredia, clamava o tempo todo por atenção. Muito triste ver uma criança tão carente.

Nas festas da escola ele tentava agredir meu filho justamente quando eu e meu marido fazíamos festa para ele. Solução? Passamos a dar atenção para criança agressora, nas festas, horários de entrada e saída. Na verdade nosso convívio diário era de apenas alguns minutinhos, o suficiente para ele nos receber sempre com um grande sorriso.

Na época não sei bem se foram as mudanças cobradas pela escola, o acompanhamneto psicológico que a família recebeu ou nossa atenção, só sei que melhorou. Amigos questionaram se era justo aquela criança receber nossa atenção. Na minha opinião sim. Nosso filho reagia muito bem, além disto tinha nossa atenção toda só para ele em casa.

O tempo passou e os conflitos voltaram a acontecer quando Pedro já tinha completado 3 anos. Desta vez fiquei mais preocupada, não só por ser recorrente, mas pela criança já estar falando e se comunicando muito bem. Nesta idade ele já deveria estar usando a fala para expressar suas emoções. Fui novamnete conversar e cobrar da escola. Fui comunicada que desta vez foi algo pontual, não constante. No meu filho foi um empurrão, mas ele ficou impressionadíssimo quando Pedro mordeu sua melhor amiguinha.

Meu filho passou uma semana sem querer ir à escola. Não adiantava falar que a professora estava de olho, que poderia chama-la etc. Ele não queria ir.

Li muito e encontrei no site BabyCenter.com alguns relatos, dois com resultados positivos. O primeiro a mãe fez um teatro onde ela era a criança agressora e ensinava como o filho poderia se defender. O segundo a mãe convidou o buller para brincar com o filho em sua casa. Ela conversou com o filho garantindo que estaria o tempo todo de olho e ele ficaria seguro. Conversei com meu marido e optamos por tentar a primeira solução, caso não desse resultado tentaríamos a segunda.

Engraçado como algumas coisas nos marcam. Tenho claro em minha mente a conversa e o teatrinho com meu filho. No início ele riu, depois eu expliquei que era sério, que ele era forte e não deveria ter medo de Pedro. Expliquei que caso o colega viesse bater ou empurrar ele deveria falar firme e forte "Não! Não quero! Me respeite!" e caso ele insistisse em tentar bater ou empurrar ele deveria segurar firme os braços do colega e repetir firme "Não! Não quero!" Depois fiz o teatrinho com ele, eu fingindo ser o agressor. Cheguei a inverter no início para ele entender... Repetimos algumas vezes e no final sempre o elogiava mostrando como ele era forte. Ele sorria orgulhoso.

O resultado não poderia ser melhor. Ele se sentiu forte e seguro. A escola novamente acompanhou o colega, a mãe e até mesmo a turma foi observada com mais atenção pela psicóloga da escola. Hoje não vou falar que eles se tornaram amigos, mas meu filho brinca tranquilo com o colega.

Quer saber o que aconteceu depois? Clica aqui para ler o post sobre evolução do caso.

MINHAS DICAS

1. Motivar sempre o diálogo. Uma boa comunicação com os filhos irá tornar mais fácil que eles procurem nossa ajuda.
Post daqui Dando uma Forcinha para o Diálogo
Post da Inventando com Mamãe sobre como dialogar com criança mais fechada

2. Dialogar com a escola e cobrar uma ação e acompanhamento do caso

3. Ensinar a criança a pedir auxílio e confiar na professora. Como a psicóloga da escola disse, não adianta ensinar a revidar ou “se defender” sempre, pois se a criança for agredir alguém maior, irá ser agredida de forma ainda pior.

4. Motivar a auto estima. Tornar seu filho seguro e forte. No meu caso, mostrar que meu filho era capaz de se defender o fez superar o medo do colega agressivo. Não ensinei a bater... apenas a se impor e evitar o ataque do outro.

Importante: Em tudo que li a criança amada, que recebe atenção dos pais, elogios se torna mais segura e com maior auto estima. Crianças e adolescentes seguros de si sofrem menos bulliyng e tem mais chances de superar situações como estas.


É BULLYING OU NÃO É?


- Crianças podem se expressar através de mordidas etc enquanto não dominarem a linguagem.

- Crianças até os 3 anos não conseguem entender o quanto uma mordida ou a implicância machucam os sentimentos dos amigos, não possuem empatia pelo outro.

- Bullying é caracterizado principalmente pela constância. Ocorre quando um grupo ou indivíduo persegue, maltrata verbalmente, fisicamente ou por exclusão um determinado indivíduo ou grupo.


SEU FILHO SOFRE BULLYING? Dicas para identificar (traduzidas do artigo da Education.com)

- criança de repente passa a ter medo da escola
- criança reclama de dores de cabeça ou de barriga sem razão alguma
- criança muito manhosa e reclamando de tudo
- retorna da escola com machucados sem explicação
- criança mais fechada do que costume ou deprimida
- criança fala sobre um colega em particular agir de forma má com ela
- criança tem problemas em concentrar
- criança evita contato nos olhos quando perguntada sobre a escola

E ACONTECE MESMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL?
Aqui no Brasil, com todos os psicólogos que consegui conversar ou ler, não admitem a palavra Bullying na educação infantil, mas sabemos que a criança, a partir do momento que se comunica bem através da fala, deve saber expressar suas emoções sem agressão.

Já nos Estados Unidos já falam que o Teasing (implicância) ocorre na educação infantil e deve ser tratado para não chegar ao ponto de bullying mais adiante.

No Reino Unido e na Australia não só reconhecem, mas já existem projetos na escola desde a educação infantil para evitar o bullying.


LINKS INTERESSANTES

- Artigo da Parenting - Como lidar com bullers na Pré Escola
Gostei muito a observação que nesta fase a tendência dos pais e da escola é deixar passar, só observar e que isto não basta.

- Artigo bem completo com links do iParenting

- Mais dicas de como agir

- Guia do governo Britânico contra Bullying (idade de 3 a 4 anos- existem de outras idades)
É direcionado para escolas e professores, mas pode ser muito bem aproveitado por nós mães.

Para os mais velhos, texto que inclui cyberbulling

Matérias e relatos em português


Entenda como o Bullying pode mudar a vida do seu filho

Como vencemos o bullying na escola - relato da @samegui

Quer saber o que aconteceu depois? Clica aqui para ler o post sobre evolução do caso.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

É Possível Realizar Sonhos e você pode ajudar!

Hoje a Samantha Shirashi mencionou estar apoiando voluntariamente a causa do Make a Wish Foundation convidando todos a apoiar. Imediatamente decidi fazer a minha parte, pois o propósito de ajudar uma criança com doença de risco de morte me fez lembrar um amigo que perdi ainda muito nova, o Marcelo.

Quando eu era criança meus primos e tios passavam quase todo o final de semana na nossa casa e através deles eu conheci o Marcelo, o melhor amigo do meu primo. Nas minhas lembranças ele era uma criança alegre e divertida. Tio Chico e Tia Vilma, tios do coração, foram e são grandes exemplos de fé e amor.

A descoberta do cancer foi por acaso, Marcelo, goleiro na maioria das partidas de futebol da turma, apareceu com o joelho inchado. Após muitos exames a confirmação do cancer. Mesmo com a doença e todo o tratamento pesado nossos encontros ainda envolviam brincadeiras e muitas risadas.

Sua despedida foi na Disney. Não sei bem se os pais que conseguiram, se foi a turma ou a empresa do trabalho do seu pai que ajudou, sei que foi seu sonho, um sonho realizado.

Se não me engano ele faleceu por volta dos 11 anos...cedo, cedo demais. Foi a primeira despedida que vivi e me marcou muito. Ainda criança me perguntei “E se ele não tivesse realizado seu sonho?”

Hoje como mãe adoraria poder realizar todos os sonhos do meu filho, mas alguns pais correm contra o tempo. Por isso eu apoio o trabalho da Make a Wish Foundation e convido todos a colaborar divulgando nos blogs, twitter, facebook o #WorldWishDay, fazendo doações..da forma que for possível.

Encerro com este vído mostrando um pouco o trabalho deles e a realização desta criança que queria apenas um "dinossauro grande e barulhento"
http://youtu.be/xz16XDZMYvc


Retirei do Blog A Vida como a Vida Quer o resumo das formas diferentes que você pode ajudar.


Se você quiser doar um post, o release sobre o World Wish Day e a Make-A-Wish está anexo, e tem muita informação útil. Se você prefere o Twitter, lembre-se de usar a hashtag#WorldWishDay.

Se você gostaria de veicular o banner, os formatos estão no link www.makeawish.org. Basta clicar no botão “Ajude a divulgar” e escolher o melhor formato para seu blog ou site :)

Se você quiser doar algum valor, visite a página para doação (via PayPal ou PagSeguro) da Make-A-Wish Brasil.


domingo, 13 de março de 2011

Dica para Readaptação

Não sei se já aconteceu com seus filhos, mas o meu já apresentou resistência para voltar à escola após as férias. Nem foram as férias de verão, ano passado tivemos uma programação intensa na única semana de férias em Julho, e foi o suficiente para ele adorar ficar conosco.

Após jogo da copa com os primos, a primeira visita ao Zoológico, assistir à dois filmes no cinema, manhã no Jardim Botânico, festas de amigos e muitas brincadeiras com a mamãe e o papai, ele simplesmente não queria voltar. Passei uma semana penando, conversando, cheguei a questionar se ele não gostava mais da sua escola (recebi um "eu adoro!" como resposta) e muita paciência tive uma idéia. Selecionei com ele algumas fotos das férias no computador, imprimi e recortei. Depois fiz pequenos retângulos com cartolina e com ele montei um pequeno album das férias.






Ele ( #aos3 ) me ajudou ordenando as fotos, colando e ditando a legenda, além das cores de caneta para cada página. O acabamento ficou por minha conta com contact, um furador e um laço de fita para unir os
retângulos e transforma-los num album.




No dia seguinte ele escolheu o album como novidade para levar para a escola. Foi um sucesso entre os alunos e professoras. Não sei bem se foi pela receptividade da novidade ou se ele simplesmente precisava levar
um pouquinho das férias, de casa, para a escola. Só sei que ele passou um semestre inteirinho sem pedir psra ficar em casa.

#ficaadica de uma atividade que pode ajudar a readaptação após as férias ou grande feriados como o Carnaval.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher


Li este tweet “@Lucas_lol: @samegui Mas, acho que o feminismo é injusto se visto como um machismo inverso. Deve se batalhar por igualdade, não dominação.” e pensei "concordo em parte, mas igualdade não! A batalha deveria ser agora pelo respeito às diferenças!"

Entendo que toda revolução vem acompanhada de atitudes extremas e radicais. O feminismo mais radical garantiu nosso direito ao voto, ao estudo, ao trabalho, leis como a Maria da Penha e, porque não, a um maior respeito pela mulher.  Concordo também que ainda é preciso fazer muito em relação à violência contra mulher e reconhecimento profissional, mas o radicalismo também trouxe resultados não muito agradáveis.

Vejo meninas tratando os meninos como objetos (não lutamos para não sermos tratadas assim?), mulheres terceirizando seus filhos ao extremo, pois precisam provar que são tão boas quanto os homens; milhares de homens perdidos sem entender seu novo papel na sociedade; fora mulheres na dupla, tripla, quádrupla...jornada de trabalho tentando ser profissional, mãe, dona de casa, esposa... Já não deveríamos estar buscando nos aproximar mais de um ponto de equilíbrio?

Felizmente tem crescido o número homens mais participativos em casa e na educação dos filhos. Vejo muitas mulheres empreendedoras na busca por uma solução que lhes permita trabalhar próximo aos filhos, ou ao menos ter horários mais flexíveis. Este seleto grupo, reconhece que homens e mulheres são diferentes e, de alguma forma, pode e quer o equilíbrio, buscando se adaptar a este nova realidade. Infelizmente isto não é possível para todos. E as mulheres que possuem profissões que não permitem trabalhar em casa, ou não tem um lado empreendedor forte?

Ainda falta o governo e empresas reconhecerem estas diferenças e agirem de acordo. Eu posso querer trabalhar menos horas por ter um filho ainda novo, mas também aprendi a ser ainda mais produtiva depois que ele nasceu. Empresas enxergam isto? A maioria não.  Falta também a maioria reconhecer a capacidade de lidarmos com cargos de chefia, mesmo agindo e liderando de forma diferente.

Por outro lado, quantas mulheres não concordariam em ganhar menos, trabalhando períodos menores, para estar perto de seus filhos e ao mesmo tempo não se desligar completamente do mercado de trabalho? Para tanto falta também flexibilidade em nossas leis trabalhistas (uma empresa que contrata um funcionário meio período ainda precisa arcar com férias e 13 como se contratasse por período integral).

Na minha opinião falta a nós admitirmos que somos diferentes sim! Antes que me atirem uma pedra digo: mulheres são tão capazes quanto os homens, mas somos diferentes. Homens sempre serão mais racionais, práticos, sempre terão mais facilidade de se desligar dos filhos e da casa, terão mais foco e irão procurar resolver dilemas internamente. Nós sempre seremos mais emotivas, seremos mais comunicativas, capazes de interpretar atitudes e emoções melhor, teremos maior capacidade de realizar diversas tarefas simultaneamente, até mesmo por isso vivemos ligadas prestando atenção em tudo. Viva a diferença!

Homens e mulheres serem diferentes é o que nos torna mais interessantes. É o que muitas vezes nos une, já que nos complementamos. Por que não respeitar e valorizar estas diferenças? Quero continuar sendo diferente! Não quero ser super mulher. Quero ser mulher.



Vale ler aqui o que falou a querida Samantha Shirashi sobre este tema

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Dando uma forcinha para o diálogo

Algumas amigas, abismadas por meu filho praticamente fazer um relato das atividades da escola,  reclamaram comigo que seus filhos lhes contam pouco sobre sua vida escolar. Elas perguntam como foi o dia e a resposta se resume a um simples “Foi bem”.

A  personalidade da criança pode influenciar e muito, mas claro que podemos motivar a conversa. Antes de tudo é preciso ter diálogo aberto com os filhos, seguir o famoso “puxar papo” (mas respeite quando a criança não quiser) e estar pronto para responder pacientemente às inúmeras perguntas que virão.

Minha mãe já chegou a falar “nunca vi explicar tanto para uma criança”. Desde de bebê criamos o hábito de conversar com nosso filho. Sim, eu conto das minhas reuniões, explico quando preciso que ele durma na casa da avó e aqui o pai verbalizou uma regra que seguimos: sempre responder a tudo. Afinal, através da curiosidade que a criança aprende. Nota: claro que respeitamos seu tempo e habilidade de compreensão da idade.

Agora prepare-se para perguntas como que recebi um dia quando dirigia com ele para casa da vovó:  - Mamãe, quando o papai era médico (deve ter achado por causa da roupas nas fotos) e ele me tirou de dentro da sua barriga doeu muito? (risos) Depois do susto respirei e respondi: - Um pouquinho, mas valeu porque queria muito ter você pertinho de nós. Mamãe e papai sonhavam com você há muito tempo.

Voltando a escola, já que hoje muitas crianças passam um bom período de seu dia lá. Escolhemos uma escola onde temos acesso a muitas informações e diálogo aberto com a direção e toda equipe. A escola atualiza semanalmente em seu site o ao planejamento diário de suas aulas e aulas de inglês, assim como o planejamento de aulas semanais como de música e educação alimentar. Além disso temos acesso ao cardápio completo.

Isto ajuda muito, pois naquele dia que meu filho não quer tanto papo eu posso falar. Fiquei sabendo que teria colagem hoje, você gostou? Ou reinforçar o que ele aprendeu na escola durante um passeio. Em 2011 parte do projeto foi sobre meio ambiente, ele ficou encantado com a água e num passeio no Parque Ecológico Chico Mendes o levei até a lagoa, hoje poluída, e as perguntas choveram.

E você? Participa ativamente da vida do seu filho? Vamos trocar idéias? Participe!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Uma Causa Importante

Fui convidada a ser embaixadora da causa Pritt que visa motivar a participação de pais na vida dos filhos. Fiquei imensamente feliz por ser algo em que realmente acredito e aplico em nossas vidas.

Aqui coloco um resumo da causa Pritt e, neste momento, me comprometo em compartilhar com vocês  o que seguimos aqui em casa para sermos participativos na vida de nosso filho. Os primeiros posts terão foco na vida escolar.


Estudos independentes, feitos em diversos países, chegaram a uma importante conclusão: a participação dos pais na vida dos filhos traz inúmeras consequências positivas, como melhora do rendimento escolar e a formação de pessoas mais seguras, equilibradas e conscientes.


Os educadores concordam que essa participação é benéfica para todos, mas que ela é difícil mesmo em escolas que apoiam essa integração. Os pais, por sua vez, são unânimes em reconhecer a importância dessa participação, e gostariam, sim de participar mais. 


Mas não basta querer - é importante agir e fazer isso acontecer. Essa bandeira já está de pé, e agora é sua vez de agir. Seja um embaixador da causa, ajude a divulgá-la, participe das oficinas e faça ouvir a sua voz.


Como sabiamente escrito no blog da causa Pritt, não basta querer, é preciso agir. Participe, busque dicas no blog da causa, compartilhe as suas e divulgue a causa! Vamos agir?