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domingo, 8 de janeiro de 2012

Mulheres fortes, sejam um pouco frágeis!


Um pouco antes do natal passei mal, passei muito mal. Algo que comi me fez mal, sempre invejei quem tem o famoso “estomago de avestruz”, nunca fui assim.

Passei a manhã deitada na sala, tentando ficar acordada e sendo acordada por filhão que entre uma brincadeira e outra pedia atenção ou alguma ajuda. Não queria acordar meu marido, ele virou a noite trabalhando e sei que não dormiria novamente caso o acordasse.

Filhão que acordou o pai depois de presenciar minhas muitas idas ao banheiro, a última com emissão de sons que o deixaram preocupado.

Marido me ajudou, comprou água de coco para mim, trouxe meia maça e, depois de perguntar milhões de vezes se eu tinha certeza que poderia ficar sozinha seguiu com filhão para a casa da minha sogra conforme o plano inicial para o nosso dia.

Eu adormeci. Acordei tonta, com dor de cabeça, provavelmente por ter me alimentado muito pouco.
Me virei direitinho, preparei algo para comer e senti saudades de um mimo. O detalhe que este mimo foi oferecido e eu recusei. Não sei como foi a criação de vocês, mas eu fui criada para ser forte e independente. Não fui criada para ser frágil, mas saber me virar.

Marido, com razão, já me mostrou que muitas vezes não dou tempo nem dele me ajudar. Que já carreguei sacolas de compras pesadas desnecessariamente, que ele (diferente de nós mulheres) não lê mente, mas está pronto para ajudar.

Fiquei pensando o quanto nós reclamamos das duplas, triplas jornadas... porque não o acordei ou liguei cedo para minha sogra (a minha mãe estava fora) pedindo que buscasse o filhão (sei que ela ajudaria).

Não considero ser independente algo ruim.  É bom saber que sou capaz de lidar com meus problemas sozinha caso necessário, mas um carinho extra não faz mal a ninguém. Se não permitirmos quem amamos estar perto, fazer um dengo extra, ajudar; como poderemos ser mimadas ou apenas diminuir o ritmo como gostaríamos?

Os homens estão perdidos nos seus papéis e acredito que cabe a nós também dar espaço para eles encontrarem seu novo lugar. Fica a reflexão para nós que reclamamos constantemente de sermos cobradas pela sociedade de nos tornarmos super mulheres com inúmeras jornadas.

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